quinta-feira, 9 de junho de 2011

manhã

acordo,
esfrego os meus pequenos olhos
sentado na cama,
enquanto calço os chinelos,
vou à casa de banho e
olho-me no espelho,
desato a rir,
pareço um chinês,
olhos pequeninos,
bocejo e sinto a água
fresca na cara.

percorro o corredor
direito à cozinha,
na cozinha a minha mãe
prepara-me o pequeno-almoço,
reparo que toda ela
se vestiu de negro, e
apanhou o cabelo,
mãe não fazes isso
só quando alguém morre?
não respondeu, pensei,
o pai já não aparece em casa há um mês.

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